viernes, 24 de marzo de 2017

2004 - NORAH JONES



Música

Quarta, 8 de dezembro de 2004

Norah Jones tem medo de conhecer Caetano e Gil

Redação Terra

Ela se considera uma artista e não uma celebridade do mundo do entretenimento. Basta chegar perto para ter certeza que ela tem toda a razão. Norah Jones, que chegou no Brasil nesta segunda-feira, dia 06, para uma turnê que passará por São Paulo (08 e 09/12), Belo Horizonte (11/12), Porto Alegre (13/12) e termina no Rio de Janeiro (14/12). Assumidamente tímida, usando sandálias baixas tipo chinelo e sem maquiagem, a cantora conversou com jornalistas, assumindo. "Tenho muito medo de entrevistas. Ainda não me acostumei".

Vinda da Argentina, Norah Jones não esconde a ansiedade pelos shows no Brasil, já que tem grandes ídolos no País. Entre eles, Caetano Veloso e Gilberto Gil, que Jones gostaria de conhecer pessoalmente. "Eu gostaria muito porque os admiro demais. Mas jamais pediria para ser apresentada a eles porque não saberia nem o que falar. Sou muito tímida", explicou.

Ainda entre os brasileiros, Norah Jones fez questão de dizer que Elis Regina é uma de suas cantoras favoritas "do mundo todo". "E adoro a voz da Maria Creuza. Minha mãe, que morou aqui, ouvia bastante", contou.

Sobre as possíveis surpresas nos shows - ela chegou a "ameaçar" tocar Judas Priest em West Palm Beach, Estados Unidos - Norah Jones disse que "é tudo brincadeira". "Já toquei Right On, do AC/DC, mas foi tudo brincadeira mesmo. Não que eu não goste dessas músicas. Eu amo! Mas brinco ao prometer cantá-las", afirmou.
Brincadeiras à parte, as guitarras elétricas têm sido o som mais ouvido por Jones recentemente. "Tenho escutado muito rock", disse.

Disposta a fazer "coisas boas", Norah Jones acha que "há espaço para tudo", mas não se deixa seduzir por parafernalhas eletrônicas. Avessa a rótulos, ela também não se considera uma cantora de jazz e até na hora de se definir prefere o caminho da simplicidade. "Não chamaria o que eu canto de jazz, apesar de eu ser muito influenciada por ele. Apenas canto e toco canções", definiu.

Franzina (ela tem 1,62m de altura) e de poucas palavras - a maior parte das respostas resume-se a um tímido "eu não sei" - Norah Jones vai ter uma semana de folga no Rio de Janeiro. Ela ainda não sabe o que vai fazer na cidade, mas pretende ir à praia.
"Também quero comer feijoada", avisou, explicando que faz questão de experimentar as comidas locais dos lugares por onde passa.




Foto: Divulgação



Norah Jones chegou no Brasil nesta segunda-feira, dia 6/12, para apresentar o segundo CD "Feels Like Home" (lançado em fevereiro de 2004).
A turnê passará por São Paulo (8 e 9/12), Belo Horizonte (11/12), Porto Alegre (13/12) e termina no Rio de Janeiro (14/12), na casa noturna Ribalta, Barra de Tijuca.
 





"Não conheço muito o som dela, sei que toca um pianinho..."

[Caetano Veloso, cantor, antes de assistir ao show de Norah Jones, Revista Quem - Edição n° 224 - Dez/04]






Terça, 14 de dezembro de 2004

Redação RioFesta

Norah Jones faz show no Ribalta

Jazz agregado ao estilo folk, country e pop. Esta é Norah Jones, que vendeu mais de 18 milhões de cópias do seu álbum de estréia “Come Away With Me” e recebeu cinco Grammys pelo mesmo disco. Norah chega ao Brasil no dia 14 de dezembro para apresentar o segundo CD “Feels Like Home” no Ribalta, Barra da Tijuca.

Entre as músicas do novo disco, que vendeu mais de um milhão de cópias, podem ser esperadas para o show Sunrise, What Am I To You, In the Morning e Toes. Os sucessos do primeiro CD também são esperados, como Don´t Know Why, Turn me on e Came Away with me.


Os ingressos para o show de Norah Jones já estão à venda através do Ticketronics e bilheteria do teatro Ribalta. Os convites custam entre R$ 440 e R$ 140. Estudantes têm direito à meia entrada, que deve ser comprada na UNE a partir de 20 de novembro.


14/12/2004 - Caetano Veloso foi ao show de Nora Jones ("sei que toca um pianinho") na companhia do amigo Dado Villa-Lobos e do filho Moreno - Foto: Marcos Ramos




BABADO – O SITE DAS ESTRELAS
15/12/2004
 


Caetano Veloso confere show de Norah Jones, no Rio
 

Caetano distribui autógrafos antes do show - Foto: Cleomir Tavares

Recém-separado de Paula Lavigne, Caetano Veloso fez questão de conferir o show de Norah Jones, nesta terça-feira (14), no Rio de Janeiro. O cantor e compositor foi à casa de espetáculos Ribalta com o filho Moreno e a nora e distribuiu autógrafos aos fãs, antes da apresentação.

Foto: Marcos Ramos
Já Juliana Paes levou o namorado ao show e não saiu de perto do amado. A beldade chegou bastante sorridente e animada para curtir os sucessos de Norah Jones.

A apresentação ainda contou com o prestígio de Giselle Itiê e Lívia Lemos.


 





15/12/2004

Caetano Veloso vai a show e Paula Lavigne cuida dos filhos

Por Michelle Licory

Caetano Veloso foi ao show de Norah Jones na terça-feira (14) no Rio. O cantor foi acompanhado do filho Moreno e da nora Clara. Paula Lavigne, que está se separando de Caetano, ficou em casa. 

- A Paula ficou em casa com os meninos, contou Caetano, acrescentando que ainda não deu para curtir a vida de solteiro. 

O cantor comentou que foi ao show para conhecer melhor o trabalho de Norah. Ele não tem CD dela, embora já tenha ouvido. 

Norah Jones em um dos poucos momentos em que saiu do piano e cantou de pé. Muito simpática, ela brincou com o público e contou piadas













UNIVERSO MUSICAL

Sentindo-se em casa

Por Felipe Resende e Marcos Paulo Bin
16/12/2004

Não se sabe quem disse que Norah Jones faz jazz. Muito menos quem a elegeu como diva. 

No show que fez no dia 14 de dezembro, no Ribalta, no Rio de Janeiro – dentro do projeto “Vivo Divas do Jazz” – a cantora e pianista americana mostrou que seu som é uma mistura de blues, country, folk e pouca coisa de jazz. Uma salada que resulta numa música pop muito bem-feita, ideal para as chamadas rádios “adulto-contemporâneas”, mas que passa longe do jazz tradicional.

A definição errônea que a grande mídia deu a Norah Jones não lhe tira os méritos, obviamente. Ótima pianista (melhor até do que cantora), ela está cercada de bons músicos, que se não chegam a ser virtuoses, desempenham bem o papel que lhes cabe.

O show seguiu basicamente o repertório do mais recente CD de Norah, Feels Like Home. Ela também mostrou algumas canções do primeiro trabalho, Come Away with Me, e poucos mas significativos covers, que deixaram claro que as raízes da cantora americana não são exatamente jazzísticas. Norah e banda fizeram releituras de She, música de Gram Parsons, ex-integrante do The Byrds – que nos anos 60 e 70 misturava rock, folk e country, e era citado pelos Beatles como uma de suas influências – e de Life Is A Carnival, do grupo The Band, da mesma época que os Byrds e que tinha as mesmas influências musicais.

De seu repertório, Norah Jones mostrou basicamente canções introspectivas, melancólicas, levadas por seu piano intimista e, vez ou outra, com boas intervenções do guitarrista Adam Levy. O restante de sua banda, a Handsome Band, é formada por Robbie Mcintosh (guitarra), Lee Alexander (baixo), Andrew Borger (bateria) e Daru Oda (vocais e flauta).

O melhor momento do show foi em Creepin’ In, country rascante de seu mais recente álbum, no qual a banda finalmente se soltou e “desceu o braço” nos instrumentos. Destaque para Adam, com sua slide guitar. Era quase o final da apresentação, mas parecia o começo.

Sunrise, que foi a primeira faixa de trabalho de Feels Like Home e é uma das melhores (senão a melhor) músicas dela, tinha tudo para animar, mas a banda deu uma levada mais pop à canção, que a descaracterizou. Com isso, os outros bons momentos acabaram sendo nos sucessos Don’t Know Why e Come Away with Me, de Come Away with Me, e What Am I to You, de Feels Like Home.

Em fevereiro é a vez de Diana Krall
O Ribalta não chegava a estar lotado. Também, pudera; além de ser um lugar enorme, os ingressos iam de R$ 140 a R$ 440. Mas, mesmo assim, o público era bom. Por ser uma casa de festas, e não exatamente de shows (vale lembrar que a maior casa de espetáculos do Rio, o Claro Hall, é patrocinada pela concorrente da Vivo), o clima entre público e artista não era dos mais calorosos. Norah Jones percebeu, e comentou que a casa era grande demais e ela não conseguia ver as pessoas que estavam mais longe.

Apesar disso tudo, a cantora fez jus ao título de seu segundo CD. Parecendo um pouco alegrinha (é difícil um gringo resistir a uma capirinha...), Norah realmente sentiu-se em casa. Brincou com a platéia o tempo todo, contou piadas sem graça em inglês, e em português repetiu diversas vezes “oi” e “como vai”. Mas sempre lembrava que era só aquilo que sabia dizer.

Dois momentos chamaram a atenção. Ao anunciar a entrada da cantora, o locutor cometeu uma gafe e trocou nome da banda, “The Handsome Band”, por “The Sunshine Band”. Norah não perdoou.

“The Sunshine Band? Não conheço essas pessoas!”, brincou a cantora, que no final do show, ao apresentar os músicos, voltou a lembrar da gafe.

Em outra parte da apresentação, num dos poucos momentos em que saiu do piano e ficou de pé, Norah esbarrou em um aparelho eletrônico que estava preso na calça. Ao ouvir o barulho, ela inicialmente não reconheceu, mas ao olhar para trás e ver o que era, disse, para risos gerais:

“É o meu rabo! Como se diz isso em português?”

As pessoas responderam, e ela passou pelo menos um minuto tentando dizer a palavra “rabo”, até conseguir chegar próximo. E ainda balançou uma correntinha que tinha presa ao bolso, arrancando ainda mais gargalhadas.
No final, Norah Jones anunciou que a apresentação no Rio era a última da atual turnê, e que ela agora tiraria férias. A próxima atração do “Vivo Divas do Jazz” é Diana Krall, que vem ao Brasil em fevereiro. Embora atualmente esteja flertando com a música pop, o berço de Diana é o jazz, diferentemente de Norah Jones. Mas, se é diva, aí já é outra história.










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