miércoles, 10 de junio de 2015

2015 - Dois Amigos, Um Século de Música - Ano I



Tour 2015




O FUXICO 
26/3/2015

Caetano Veloso e Gilberto Gil comemoram 50 anos de carreira com shows pela Europa

Caetano Veloso e Gilberto Gil estão preparando uma viagem que vai agradar em cheio seus fãs. Juntos, eles começam em julho uma turnê pela Europa, em um show que trará clássicos dos cantores, batizado de Dois Amigos, Um Século de Música.

Na agenda, primeiro a dupla passa pelo Festival de Montreaux, na Suíça, dias 3 e 18 de julho. Depois, seguem para Lisboa, onde farão parte do Cool Jazz, no Parque dos Poetas, no dia 30 de julho. Já no dia seguinte, Gil e Caetano estarão no EDP Cool Jazz, na vila de Oeiras, em Portugal, onde sobem ao palco, no mesmo dia, Lionel Richie, Melody Gardot, Chick Corea e Herbie Hancock.




 
 



 






BBC Brasil no Rio de Janeiro
15 junho 2015
Para Caetano e Gil, Brasil vive 'renascimento de forças reacionárias'
Júlia Dias Carneiro Da BBC Brasil no Rio de Janeiro


Para Caetano e Gil, Brasil vive 'renascimento de forças reacionárias' . Foto: BBC
 
A sintonia entre os dois é tamanha que vira e mexe um completa o pensamento do outro. Gil adivinha os fins de frase de Caetano e por vezes faz coro às suas últimas palavras como uma segunda voz.
Ou então a conversa de repente vira um pingue-pongue, com as respostas sendo construídas como uma canção.
Na tarde de uma quarta-feira, Caetano Veloso e Gilberto Gil se encontravam no amplo estúdio da Gegê Edições, produtora de Gil no Rio, para o primeiro dos ensaios para a turnê "Dois Amigos ─ Um Século de Música".
O reencontro dos dois no palco acontecerá em 11 países europeus a partir de 25 de junho, começando por Amsterdã, na Holanda.
É mais um desdobramento da parceria visceral que nasceu em 1963, quando Caetano e Gil se conheceram na Bahia, à época estudantes universitários dando os primeiros passos na carreira.
Aos 72 anos, nascidos no mesmo ano com um mês e meio de diferença, um diz que não seria o que é hoje sem o outro.
"Se eu toco um pouco de violão, é porque o vi tocar, copiei seus movimentos e tentei entender o que significavam", diz Caetano sobre Gil.
"E se eu aprofundei a minha curiosidade sobre as palavras, a poesia, é totalmente por causa dele. Ele me ensinou a realmente explorar a minha alma em busca das questões humanas, sociológicas... É uma das pessoas mais profundas que já conheci."
"Meu Deus!", reage Caetano à bajulação do amigo, e os dois irrompem em risos.
A música brasileira também não seria a mesma sem eles.
A turnê agora comemora 50 anos de suas carreiras, data contada a partir da primeira gravação de cada um, em 1965 ─ somando um século de produção musical. É a primeira turnê que os dois fazem juntos em 21 anos, desde que apresentaram ao mundo o show ligado ao álbum Tropicália 2, em 1994.
Fim de ciclo
Nas décadas de carreira e amizade, Caetano e Gil passaram pela ditadura, protagonizaram a revolução cultural da Tropicália, compartilharam a dor e as descobertas do exílio em Londres, depois a alegria da volta para casa, viram a abertura política do país e acompanharam, criticaram e comentaram outros momentos-chave da história do Brasil.
Não é diferente com a situação atual e os problemas políticos e econômicos enfrentados pelo governo Dilma. Os dois concordam que o momento é difícil e consideram que o ciclo do PT no poder está chegando ao fim.
Nas eleições presidenciais do ano passado, ambos apoiaram Marina Silva no primeiro turno. No segundo, Caetano acabou votando em Dilma; já Gil, que foi do governo petista por cinco anos como Ministro da Cultura de Lula, não apoiou a permanência do partido.
"Eles (o PT) já estão no poder há mais de 12 anos. Estamos querendo uma movimentação, uma mudança. Outros grupos, outro conceito, um outro planejamento para o Brasil na liderança", diz Gil.
"Votei na Dilma porque todos aqueles grupos de direita estavam se unindo contra ela, e eu não simpatizava com eles", afirma Caetano.
"Mas acho que tudo agora parece indicar um final de um ciclo."
O fim de ciclo já era aparente no ano passado, considera Caetano, mas o PT ganhou mais uma vez ─ e neste ano vieram as reações mais expressivas: o panelaço e os protestos nas ruas pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Onda conservadora
Nas manifestações de março e abril nas ruas de cidades do país todo, Caetano, que como Gil foi preso pela ditadura em 1968, diz ter se revoltado com a presença de grupos que defendiam a volta das Forças Armadas e uma "intervenção militar já".
"Isso para mim é ofensivo. É ofensivo à minha sensibilidade e à minha inteligência", diz Caetano.
"E à sua história", completa Gil.
"E à minha história", concorda Caetano.
"Aquilo ali era uma coisa de algumas pessoas, uma maluquice. Mas é sintoma. Há uma questão no mundo com isso mesmo, o renascimento de forças nitidamente reacionárias. A questão não é que elas sejam conservadoras. O problema é que são reacionárias, são forças de reação a qualquer progresso."
O "sintoma" se apresenta também no Congresso. Caetano afirma que o crescente poder do Legislativo na esteira do enfraquecimento do governo Dilma vem trazendo uma movimentação conservadora "meio apavorante".
"Esses projetos que estão sendo votados no Congresso são horríveis, eu não gosto dessa movimentação, desse negócio ─ diminuição da maioridade penal, bancada da bala, essa tentativa de restringir mais ainda o aborto, não abrir para uma legalização do aborto. Toda essa tendência conservadora, essa pauta", afirma.
Nas movimentações em curso, ele diz ser evidente que também estão em jogo projetos políticos dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.
"Principalmente do presidente da Câmara (Cunha), que você vê que tem muito futuro político, e é mais moderno. Mas é um modernismo conservador, meio apavorante. Não me sinto bem com o que está acontecendo ali."

Selfie vira autógrafo
A conversa passeia por outros fenômenos dos tempos modernos, como as pegadinhas do corretor ortográfico no celular. Um conta para o outro o causo de um amigo que sempre acaba chamando uma moça de "moca" no WhatsApp, e ambos riem da sonoridade do neologismo digital, móca em vez de moça.
E chegam à conclusão de que o selfie substituiu o autógrafo, já que agora, por onde passam, as pessoas em vez de sacar a caneta sacam o smartphone, e se ajuntam aos ídolos no quadro. "É melhor, para não ter que escrever", brinca Gil.
Do imenso repertório dos dois ao longo dos últimos 50 anos, apenas 22 canções estarão na turnê. A escolha ainda está em aberto, mas músicas como Esotérico, de Gil, e Desde que o samba é samba, de Caetano, são algumas certezas.



A dupla cedeu ao pedido da reportagem e tocou uma música para a BBC Brasil. Caetano puxou uma das canções que compôs durante o exílio em Londres, Nine Out of Ten, em que diz estar caminhando sobre a hoje famosa Portobello Road ─ e sentindo-se vivo.
Na época em que morou na região de Notting Hill Gate, lembra o cantor, o bairro estava bem longe da gentrificação de hoje e era um reduto de classe média baixa.
Na Portobello Road, imigrantes jamaicanos se reuniam para tocar um gênero que fascinava Caetano e o levava a caminhar sempre pela rua para escutar. Depois veio a descobrir o que era: o reggae.

Petição contra show em Israel
O show passa por Londres e também por cidades como Lisboa, Bruxelas, Milão – além de Tel Aviv. E é este o ponto polêmico da turnê.
Uma petição que vem circulando pelas redes sociais – e já conta com mais de 12 mil assinaturas pede que Caetano e Gil cancelem o show programado para 28 de julho em represália às políticas de Israel em relação às regiões palestinas.
"A data coincide com o aniversário de um ano dos ataques de Israel a Gaza, nos quais mais de 2 mil palestinas e palestinos foram mortos", afirma o abaixo-assinado online divulgado pela organização Change.org e compartilhado pelas redes sociais.
"Tocar em Israel é endossar políticas e práticas racistas, coloniais e de apartheid", continua, concluindo com o apelo: "Tropicália não combina com apartheid!"
A petição foi criada pelo grupo Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel (BDS), que apoia a causa palestina.
Gil afirma que se manteve indiferente ao apelo.
"Nós o consideramos. Nós refletimos sobre os argumentos. São argumentos fortes, e verdadeiros até certo ponto. Não a ponto de que devemos considerar Israel uma sociedade de apartheid. É um regime democrático. Tenho empatia pelo povo, já estive lá tantas vezes. E nas duas últimas vezes em que fui tocar lá também enfrentei objeções, com o mesmo tipo de movimentação internacional para me dissuadir de ir. Mas nós vamos", diz Gil.
E considerariam levar a turnê aos territórios palestinos como contraponto?
"É claro! Estou só esperando o convite", afirma ele.

'Oportunidade de originalidade'
A despeito da difícil conjuntura atual e do clima de pessimismo com o país, Caetano desdenha do entusiasmo desenfreado que o Brasil despertava no exterior alguns anos atrás.
"Quando vi aquelas capas de revista, a capa da Economist com o Cristo Redentor decolando, achei um exagero", diz. "Então espero que o pessimismo que vemos hoje seja um pouco exagerado também."
"O Brasil pode ser uma experiência muito importante de vida social", diz. "Pode ser. É horrível como é, tem muitas coisas horríveis em sua história. Mas acho que é uma oportunidade de originalidade. Temos essa responsabilidade e devemos encará-la", afirma ele.
Essa mensagem que o Brasil teria a dar para o mundo ainda não é clara, porque não foi articulada, diz Caetano. "Ainda é um rascunho. Mas o Brasil pode ser uma experiência diferente."
"Somos esse país gigante no hemisfério sul. Temos uma enorme mistura racial. Somos latino-americanos, mas não formamos uma unidade com o resto da América Latina, porque falamos português. Fomos uma monarquia até tarde demais, a escravidão foi abolida tarde demais. Mas tudo aponta para uma situação única e original com vantagens e desvantagens. E tudo que é bom no Brasil poderia ser combinado de uma maneira mais equilibrada para que realmente possamos dizer algo... com um tom doce", afirma ele, enfatizando as últimas palavras na voz macia e musical.
"Agora que o mundo está finalmente consciente de que a 'maciez' também é um atributo, de que soft power também é poder, acho que o Brasil tem muitos ingredientes para se afirmar", completa Gil.


●●● ●●● ●●●





San Pablo, septiembre de 1965


1968


Londres, noviembre de 1969

Londres, marzo de 1970

Florianópolis, 1976


S. Paulo, 1985


1993


Londres, 1994


Rio de Janeiro, 2007



Brasília, octubre de 2012



Abril 2015






15/6/2015 - BBC - Londres


Foto: Fernando Young



1/6/2015




Caetano e Gil selecionaram mais de 20 músicas para o repertório do show “Dois Amigos - Um Século de Música” (“Two Friends - One Century of Music” / "Deux Amis - Un Siècle de Musique” / “Dos Amigos – Un Siglo de Música”):

BACK IN BAHIA / CORAÇÃO VAGABUNDO / TROPICÁLIA / MARGINÁLIA 2 / É LUXO SÓ / DE MANHÃ / SAMPA / TERRA / NINE OUT OF TEN / ODEIO / TONADA DE LUNA LLENA / EU VIM DA BAHIA / SUPER HOMEM - A CANÇÃO / COME PRIMA / ESOTÉRICO / TRES PALABRAS / DRÃO / SE EU QUISER FALAR COM DEUS / EXPRESSO 2222 / TODA MENINA BAIANA / SÃO JOÃO XANGÔ MENINO / NOSSA GENTE [AVISA LÁ] / ANDAR COM FÉ / FILHOS DE GANDHI / DESDE QUE O SAMBA É SAMBA / O LEÃOZINHO / DOMINGO NO PARQUE /
NÃO TENHO MEDO DA MORTE / LONDON LONDON / THREE LITTLE BIRDS / A LUZ DE TIETA


● ● ● ●  ● ● ● ●






25/6/2015 - Amsterdam









Fotos: © Ron Beenen

Mariana Filgueiras / O Globo


"Eu gosto de tocar em 'concerthaus'. São lugares interessantes porque foram concebidos para orquestras numa época em que não havia amplificação elétrica. Havia certo esmero dos projetistas, dos arquitetos, e havia a cultura da época, né? Todos eram impregnados da dimensão sinfônica, em geral são casas com muito boa acústica, era para isso, era para tocar sem amplificação, para quartetos de cordas... Entao só dois violões aguentam muito bem, é perfeito para o formato." (25/6/2015, Gilberto Gil)



"Eu estava preocupado porque era o primeiro dia. Ensaiei menos com Gil do que tinha planejado. Então eu estava me sentindo inseguro. Mas a insegurança que sinto, perto dele, some. Gil tocando preenche tudo." (25/6/2015, Caetano Veloso)


● ● ● ●  ● ● ● ●
 








A Bruxelles, Caetano et Gilberto roulent leur bossa
LE MONDE | 02.07.2015
Par Francis Marmande

Caetano Veloso (1942, Santo Amaro da Purificaçao, Etat de Bahia) et Gilberto Gil (1942, Salvador de Bahia) sont au Forest National de Bruxelles le 29 juin. Caetano et Gil, frères en « tropicalisme », septuagénaires à l’air jeune, embastillés par la junte militaire (en 1968), exilés à Londres en 1970, toujours fidèles au génial fondateur, Joao Gilberto, capables des plus grandes scènes avec trois fois rien : deux guitares, une blonde, une auburn, et les chansons les plus belles du monde.



● ● ● ●  ● ● ● ●

1 / 7 / 2015

Eventim Apollo, London



The Guardian - ‎Jul 2, 2015‎


Caetano Veloso and Gilberto Gil review – emotional reunion of Brazilian greats





Evening Standard - ‎Jul 2, 2015‎

Caetano Veloso and Gilberto Gil tour review: they complement each other beautifully
The Paul McCartney and Mick Jagger of Brazil packed out the Apollo and left the crowd on their feet

Fotos: © Andre Camara/Rex 







● ● ● ●  ● ● ● ●




3 / 7 / 2015

Jazz à Vienne : Caetano et Gil, retrouvailles intimistes au théâtre antique

Deux amis - Un siècle de musique




Caetano Veloso et Gilberto Gil, deux des figures incontournables de la musique brésilienne depuis les années 60, précédaient le Cubain Chucho Valdes sur la scène du festival Jazz à Vienne 2015. Ils ont proposé un spectacle intimiste reprenant bon nombre de leurs succès communs. Un peu trop intimiste sans doute car rapidement lassant malgré le plaisir évident des artistes à partager la scène.  (Jean-François Lixon)



   








Fotos: © Jean-François Lixon


Foto: Facebook Caetano Veloso Oficial





● ● ● ●  ● ● ● ●






Paris Match - Un accord parfait                        Fotos: Daryan Dornelles




Fotos: Paul Charbit

● ● ● ●  ● ● ● ●


8/7/2015 - Copenhagen - Jazz Festival


                      Foto: Lasse Kofoed
  ● ● ● ●  ● ● ● ●


 


● ● ● ●  ● ● ● ●

Caetano Veloso & Gilberto Gil in concerto al Villa Arconati Festival




● ● ● ●  ● ● ● ●




Liceu de Barcelona

● ● ● ●  ● ● ● ●

 





● ● ● ●  ● ● ● ●


Manifesto dell'edizione 2015 di Umbria Jazz.



Caetano Veloso e Gilberto Gil incantano il pubblico dell'arena Santa Giuliana con i loro suoni.
17/7/2015 - Perugia - Arena Santa Giuliana



17/7/2015 - Passando o som






Caetano Veloso, Marco Molendini, Gilberto Gil


    ● ● ● ●  ● ● ● ●


19/7/2015 - Codroipo

● ● ● ●  ● ● ● ●









EL CONFIDENCIAL

GIRA 'DOIS AMIGOS, UM SÉCULO DE MÚSICA'
La épica tropical se llama Caetano Veloso y Gilberto Gil
Los músicos brasileños celebran sus 50 años de amistad con un mágico concierto en el Teatro Real dentro del Universal Music Festival

La magia aparece en lugares más sencillos. Basta una pequeña mesa con dos copas, dos sillas, dos hombres y dos guitarras. Desnudos y sin artificios, sólo con su música, Caetano Veloso y Gilberto Gil celebraron anoche en el Teatro Real su medio siglo de amistad desnudando a la deliciosa melancolía tropical... porque "a tristeza é senhora/ Desde que o samba é samba é assim/ A lágrima clara sobre a pele oscura/ (...) Mas alguma coisa acontece/ no quando agora em mim/ cantando eu mando a tristeza embora".
No actuaban juntos desde 1994 con la gira Tropicalia Dúo y a los padres del tropicalismo, ese movimiento vanguardista musical que fusionó la samba y la bossa nova con el rock, la psicodelia o el fado, se les notaban las ganas en esta nueva gira europea llamada Dois amigos, um século de música. No se puede de otro modo instalar la sonrisa con la canta Veloso en la cara de un (famoso) público que abarrotó el coliseo madrileño ni conseguir transportar a cada espectador a las playas de Bahía como hace Gil con su voz susurrante y rasgada durante las más de dos horas que duró recital que ofrecieron el Universal Music Festival de Madrid.
Precisamente fue Back in Bahia, a dúo y derrochando compadreo, la canción que abrió un antología que no busca otra cosa que celebrar ese medio siglo de amistad. Repartiéndose democráticamente una lista de temas prefijada para toda la gira e instalados en la complicidad, la admiración y el respeto, el concierto repasó ese siglo de música desde sus inicios en Brasil, cuando se conocieron allá por 1963 en la Universidad de Salvador de Bahía y fundaron cinco años después Tropicália, hasta su exilio en Londres al que partieron a finales de los sesenta, su vuelta a Brasil o la fundación de los Doce Bárbaros. Coraçao Vagabundo, la preciosa versión acústica de Tropicáliala muy disfrutada por ellos É luxo só fueron calentando el ambiente de una noche de celebración de su propia historia que recibió ovación tras ovación y acabó con todo el Real en pie.
Sampa, una Terra entonada por Veloso junto al público y Nine out of ten fueron dejando paso a las sorpresas de una noche dominada por la voz de Caetano Veloso y el virtuosismo a la guitarra de Gilberto Gil. Veloso interpretó en español Tonada de la luna llena, de Simón Díaz, y después tiró de falsete kitsch para recrear una peculiar versión de la italiana Come Prima.
El dúo volvió a las raíces brasileiras con Super Homem y Eu vim da Baia para ceder el testigo a un Gil que arrancó con Esotérico, enamoró con Tres palabras y la versión a capella, sólo acompañado por los toques a la madera de su guitarra, de Se eu quiere falar com deus y redondeó con canciones míticas de su repertorio como Expreso 2222Toda menina y Filhos de GandhiEste fue el último tema, pero antes ambos se soltaron más y jugaron (por fin) con un público ávido por participar de esta épica con Avisa Lá y Andar com fé, con baile de Veloso incluido. Ese fue el tono de los bises, dos tras la insistencia del público, con las magníficas Desde que o samba e samba y A la luz de Tieta.
En total, dos horas y cuarto y casi 30 canciones para homenajear a una leyenda que suma 100 años y que ha puesto a Brasil en el centro del planeta desde que la samba es samba... porque  "o samba é o pai do prazer / o samba é o filho da dor /o grande poder transformador".


● ● ● ●  ● ● ● ●







● ● ● ●  ● ● ● ●





Caetano Veloso et Gilberto Gil

Le MJ5C sera clôturé par un duo brésilien inédit: Caetano Veloso et Gilberto Gil. Ces deux icônes de la musique brésilienne, fondateurs du tropicalisme dans les années 60, monteront sur la scène du Palais Longchamp le 24 juillet.


● ● ● ●  ● ● ● ●


Menora Mivtahim Arena

● ● ● ●  ● ● ● ●



31 de julho, Parque dos Poetas / Estádio Municipal de Oeiras


Caetano Veloso e Gilberto Gil - EDP Cool Jazz '15













© SOLLIER Cyril/PHOTOPQR/LA PROVENCE






Caetano Veloso et Gilberto Gil à Marciac : une nuit rare et précieuse

Par Vanessa Fize



Mis à jour le 04/08/2015




Gilberto Gil et Caetano Veloso ont composé une nuit brésilienne sur la scène de Jazz in Marciac. Les deux hommes sont proches mais n'avaient pas joué ensemble avant cet été depuis de nombreuses années.

Réunir Gilberto Gil et Caetano Veloso sur une même scène, c'est un événement monstre au Brésil et une grande leçon de musique et d'humanisme dans le reste du monde. L'événement est donc de taille : pour la première fois depuis 20 ans, les deux hommes sont ensemble en tournée sur le vieux continent, le temps d'un été. Ils reprennent leurs grands classiques et ceux de la musique brésilienne.

On pourrait y voir un hommage double, une visite dans l'histoire du Brésil, une soirée folklorique. Ce serait oublier qui sont les deux hommes. Ensemble, et chacun de leur côté, ils ont combattu la dictature installée au Brésil dans les années 60, ont fait preuve de subversion en musique, ont fédéré la protestation, avec à la clé la prison et des années d'exil.
Leur arme : le tropicalisme. Un courant musical nouveau, mêlant tradition et rock expérimental.



● ● ● ●  ● ● ● ●


2016 - 2/4
Cidade de Salvador



2/4/2016 - Farol da Barra / Salvador
Festival da Cidade

Foto: Edilson Lima






Tour 2016
 



No hay comentarios:

Publicar un comentario