miércoles, 30 de noviembre de 2011

1974 - SMETAK








 
 





...
"smetak, smetak & musak & smetak
& musak & smetak & musak
& razão"... 


[Caetano Veloso. ÉPICO. Araçá Azul, 1972]



Continuando en la línea experimental de Araçá Azul, Caetano produjo junto con Roberto Santana el primer disco de Anton Walter Smetak (1913-1984), músico nacido en Zurich, Suiza, que llegó a Brasil en 1937 y se estableció en Bahia en 1957.

En las improvisaciones participaron varios músicos: Gilberto Gil, Tuzé de Abreu, Gereba, Djalma Corrêa y en el diseño de tapa el artista gráfico Rogério Duarte.

En 2001, con patrocinio de Copene la cinta original de PolyGram fue totalmente recuperada, remasterizada y lanzada en CD.






"Falar sobre música é uma besteira: executar é uma loucura"

WALTER SMETAK

1 - A idéia de produzir um disco de Walter SMETAK nasceu em mim no dia em que fiquei conhecendo a série de instrumentos que ele inventou e fabricou. É um conjunto tão extraordinariamente fascinante de objetos compostos com uma variedade de materiais que vai da cabaça ao isopor, é um mundo tão grande de sugestões plásticas e sonoras, que me pareceu absolutamente necessário documentar o trabalho desse homem singular.
 
2 - SMETAK vive em Salvador-Bahia há muitos anos. Eu já o conhecia de vista desde 1963: um curioso senhor sobre uma motocicleta, um músico entre os outros na orquestra sinfônica da Universidade. Em 1961, Gil e Rogério foram procurá-lo e desde então mantém contato permanente com ele. O flautista e compositor Tuzé Abreu já era, a essa altura, um freqüentador da oficina do velho. Refiro-me aqui somente a alguns amigos muito próximos: muita gente na Bahia (e de fora) vem atentando há muito mais tempo para o trabalho de SMETAK do que eu. Mas foram esses amigos que me levaram a entrar em contato com ele. Faço questão de frisar que Gil, Rogério e Tuzé são mais responsáveis do que eu pela existência do LP.

3 - A produção foi uma viagem. A espontaneidade de uma criança conduzindo uma mente sofisticada. SMETAK cria dificuldades no plano prático que apontam sempre para veredas de elevação espiritual, de modo que o trabalho se dá numa corda bamba de delícia e de susto. Um outro amigo (produtor dos primeiros espetáculos que eu, Gal, Bethânia e Gil fizemos na Bahia), Roberto Santana, treinadíssimo em acabar qualquer "cerca-lourenço" no grito, transformou a produção do disco numa produção e o disco num disco. Ele foi de fato quem 'produziu' esse disco, tornando possível a transação material entre os instrumentos de SMETAK e o equipamento de Maurice. Quanto a mim, na engrenagem dessa produção, me encontrei em algum lugar entre o sonho de Gil e os gritos de Roberto.
 
4 - A música de SMETAK me estimula e eu acredito que deva ser do mesmo modo estimulante para tanta gente que, no Brasil hoje, tem tantos interesses e preocupações semelhantes às minhas. Estou totalmente por fora dos planos internos da música erudita contemporânea. Não conheço mesmo nada direito de música clássica de qualquer época. "Porque este novo gênero que surge é uma fusão do oriente e do ocidente e não é erudito nem popular", disse SMETAK falando do seu próprio trabalho e me parece sensato espalhar sementes de sonho por aí.

Caetano Veloso
Bahia, 1974





 
1974 - WALTER SMETAK
Álbum “Smetak”
Philips LP 6349 110

Lado A
1. TIJOLINHOS, MATERIAL DE CONSTRUÇÃO “AUDIÇÃO ESPONTÂNEA DO SILÊNCIO, VIOLÃO EÓLICO” (Walter Smetak)
2. ÁQUAS (Walter Smetak)
3. DOS MENDIGOS (Walter Smetak)
4. SARABANDA PROJEÇÃO IMPROVISADA (Walter Smetak)
5. DANSOM (Walter Smetak)

Lado B
1. MANTRAM (Walter Smetak)
2. IÊÉAÓÔU (Walter Smetak)
3. MÚSICA DOS MENDIGOS (Walter Smetak)
4. INDIFERENCIAÇÕES (Walter Smetak)
5. PRELUDIANDO COM JOSEBA (Walter Smetak)
6. UIBITÚS E BEIJA-FLORES ETC. “POLUIÇÃOQUEBRATÓRIA” (Walter Smetak)




 
Documental sobre Anton Walter Smetak (2001-2008)
Guión y dirección: Luciana Kritski
Edición: Honorato Smetak
Realización: TV Salvador

lunes, 28 de noviembre de 2011

1971 - CAETANO y GIL en Londres


Los primeros discos grabados en Londres por Caetano y Gilberto Gil, fueron editados en Argentina por el sello Music Hall y en Estados Unidos por el sello Paramount.

Al pie, el artículo del diario “La Opinión” del 17 de mayo de 1972, sin mención del autor, refleja el resultado de ambos trabajos y las circunstancias personales y sociales que marcaron la época.







1972
CAETANO VELOSO
Music Hall LP del repertorio Famous [Argentina]
Estereofonico 112.985
Monofonico 22.985

Lado A
1. UN POCO MÁS TRISTE
2. LONDRES, LONDRES
3. MARIA BETHANIA

Lado B
1. SI TUVIERAS UNA PIEDRA
2. MÁTAME
3. EN EL CÁLIDO SOL DE UN DIA DE NAVIDAD
4. ASA BRANCA






  Edición original sello Famous


Tapa de la edición americana del LP de Gilberto Gil en Londres




Contratapa LP "Caetano Veloso" - JORGE MONTES











1972
Revista Pelo
Año III / n° 25 [Argentina]










2005 - LUTO


Quinta, 23 de junho de 2005

Gal Costa chora ao ler uma nova letra de Caetano
 
Gal Costa ficou emocionada com as músicas que Caetano Veloso escreveu especialmente para o novo disco dela. Segundo a colunista Heloisa Tolipan, do Jornal do Brasil, Gal foi às lágrimas ao ler uma das letras.
 
O novo disco de Gal Costa, que será lançado pela gravadora Trama, ainda trará uma música inédita de Chico Buarque.
 
O álbum ainda não tem previsão de quando irá chegar às lojas. 

Gal queria regravar Dama do Cassino, de Caetano Veloso, mas desistiu ao ganhar a inédita Luto do compositor baiano.







En lugar de Dama do Cassino, Gal Costa grabó la inédita Luto para el álbum conmemorativo de sus 60 años y el primero en la grabadora Trama.


Música y letra: Caetano Veloso
© 2005 Edições Natasha Enterprises Ltda.

Ai, meu carnaval...
Que é que 'cê fez,
Homem ruim?
Ai, pobre de mim,
Mais uma vez
Fiquei tão mal
Do início ao fim
Dessa festa que meu pai me deu para treino
espiritual

Não fale em mágoa de amor comigo,
Ciúme, culpa, rejeição: não ligo
Quero polir meu coração de pedra
Em frevos místicos
Na luz que medra
Por entre as máscaras, caras e lâmpadas
E mesmo a estampa das
[camisetas de reclame –
Não me chame, não me odeie, não me ame

Não, meu carnaval,
Não pode ser
Que eu já perdi;
Não, ponto final:
Eu e você
Acaba aqui,
Sem carnaval –
Essa festa que meu pai me deu para treino
espiritual

Agora é só cinza na cabeça;
Desapareça, por favor, da minha frente
A minha mente está na Castro Alves,
Na Rio Branco, no Marco Zero,
Maracatu, Sapucaí - eu quero
- E o camarote e cada anúncio de produto.
‘Tou com raiva, ‘tou com pena, ’tou de luto.

Ai, meu carnaval...
Vou recompor
Meu coração
Ai, não tem perdão
Pra quem vetou
O ritual
Da inspiração –
Essa festa que meu pai legou para treino espiritual:
Meu puro amor, o carnaval




2005 – GAL COSTA
BR-TPA-05-00185 / 5:21
Álbum “Hoje”
Trama CD 10204, Track 9.



2006 – GAL COSTA
BR-TPA-06-00359 / 5:17
Álbum “Gal Costa ao vivo”
Show “Hoje”, gravado no Citibank Hall, São Paulo, em maio de 2006.
Trama CD 12987, Track 8. | DVD 12246, Track 10.






Show Hoje - Gal Costa
30 e 31 de março e 01 e 02 de abril de 2006
Canecão, Rio de Janeiro






02/04/2006
 
Gal Costa canta em família: Caetano Veloso e afilhados da cantora na platéia


Caetano Veloso, acompanhado de seu filho Moreno e da sobrinha Preta Gil, aplaudiram de pé a penúltima apresentação do show Hoje, que Gal Costa apresenta com muito sucesso no palco do Canecão, zona sul do Rio.


Gal, como disse no camarim, se sentiu em família, uma vez que Caetano é considerado um mano (irmão) e Moreno e Preta são afilhados da cantora. 

“Temos que pedir a bênção da Gal”, diz Preta Gil a Moreno Veloso, antes de a cantora aparecer, já de roupa trocada, na ante-sala de seu camarim.


Os dois nem tiveram tempo para isso, porque Gal, ao vê-los, foi logo abençoando os afilhados de forma nada tradicional:


“Que bom ver o Moreno, meu afilhado lindíssimo, que agora é pai! E Pretinha, minha afilhada querida, falei com sua mãe ao celular e ela ficou de vir me ver no domingo. Você está maquiadérrima e linda”, destaca a cantora.


Moreno fala da emoção de ter visto Gal Costa pela primeira vez, interpretando ao vivo a música Hoje, de sua autoria, que dá título ao CD e ao espetáculo. E ela devolve a bola:


“Aos 60 anos, cantar uma composição de alguém que vi nascer, é muito bacana e emocionante também, por ver que você tem talento, que aprendeu e muito bem tudo o que aprendeu do meio musical em que foi criado”.


Preta também fez seu comentário: “O show é basicamente o disco que eu acho lindo e amo. No domingo, se a minha mãe (Sandra Gadelha, ex-mulher de Gil e irmã de Dedé, primeira mulher de Caetano e mãe de Moreno) vier, eu volto com ela”.


Sempre em clima familiar, Gal tricota com Caetano e fica feliz, ao ouvir rasgados elogios do “mano”. “É um trabalho glorioso! Você está acompanhada de músicos maravilhosos”.


O cantor e compositor, quando se dirigia para falar com a banda que acompanha Gal Costa no espetáculo Hoje, encontrou-se com André Garrido – responsável pelo som dos shows de Gal há quatro anos –, que fez questão de se apresentar e agradecer a Caetano os elogios que recebeu por seu trabalho.


“Achei o máximo o som do show, o volume é genial. Não me causa esforço algum elogiar o seu trabalho”.


A temporada de quatro shows termina neste domingo, dia 2, às 20h30. Logo no início do espetáculo, Gal Costa previne a platéia que o mesmo é basicamente o repertório do disco Hoje, no qual voltou a apostar em novos talentos, em canções antigas de Ismael Silva e Noel Rosa, compostas quando eles eram jovens, e em veteranos jovens, como Caetano Veloso (a música Luto) e Chico Buarque (Embebedado, com letra de José Miguel Visnik).


No show, além das faixas do CD, Gal interpreta canções que considera fundamentais em sua carreira, como Fruta Gogóia e Antonico, do show Fa-tal, de 1971. O roteiro tem ainda Luiz Melodia, Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, dupla de quem a cantora interpreta Coisa Mais Linda, música que ela canta na trilha sonora da novela Belíssima.